Carta aberta
“A Cultura Chora”
Em 2020, cedo se percebeu que seria este um ano atípico, diferente do que qualquer outro que há memória.
2021 era esperado ansiosamente, com tanta esperança, com tanta expetativa...
E eis que 2021 chegou cheio de vida e de vontade, infelizmente bastaram 15 dias para percebermos que pouco mudou. E não dizemos “nada”, porque felizmente a medicina e a experiência trouxeram-nos coisas muito positivas. Hoje sabemos mais do que há um ano, sabemos como nos proteger, como proteger os outros e temos uma maior esperança de que a medicina chegue mais longe e seja para todos.
Ainda assim, a identidade do nosso povo está cada vez mais pobre... o sentimento é de tristeza, desânimo, angústia, medo, inquietação, pena, aflição, melancolia... de saudade. Saudade daquilo que já passou e que deixou marca, saudade do que está para vir, que se espera triunfal... mas como será?
Como será o seu futuro, o nosso futuro? Temos ideias - adaptadas à nova realidade, claro está -, temos vontade, temos pessoas, temos mais ideias, temos mais vontade e para quê? Para nada, a cultura voltou a fechar, como se isso fosse possível. Mas fechou. Fechou para artistas e para técnicos, para amadores e para profissionais. Simplesmente fechou. Não podemos estar, não podemos ir, não podemos fazer, não podemos assistir.... tudo para a cultura é um grande NÃO.
- Será que podemos reunir para...? NÃO
- Será que podemos ensaiar a...? NÃO
- Será que podemos realizar o...? NÃO
- Mesmo com todas as condições de segurança? NÃO
E reforçamos e insistimos: -Nem com todas as condições de segurança? NÃO
E é isto que a cultura tem recebido no último ano: um estrondoso e estridente NÃO.
E a cultura ficou mais pobre, não só de dinheiro, mas de calor humano, de vivências partilhadas, de experiências comuns, de tudo. Qualquer associação cultural, amadora ou profissional, necessita das suas gentes, das suas inter-relações, das suas concretizações.
Num ano em que todos os setores da sociedade se viram afetados de alguma forma, foi a cultura aquele que tornaram como o parente pobre, aquele que se não vier ou não estiver também não faz falta. Mas nós perguntamos: Não faz falta a quem? Será que ainda não perceberam que a cultura faz falta a toda a gente? Seja pelas artes do teatro, do desporto, da música, da dança... a cultura é unificadora, é congregadora, é inclusiva, é a que define e constrói a nossa personalidade, é a que carateriza e afirma a nossa identidade. É por ela e através dela que exprimimos a nossa liberdade.
Num ano em que quase tudo ficou por fazer, vem aí mais um que não se antevê muito diferente. Sem espetáculos, sem público e, não menos importante, sem dinheiro. Sabemos perfeitamente que a nova realidade nos obrigou a encarar este trabalho de uma forma diferente, mas também sabemos que não queremos, melhor, que não podemos desistir. E não desistiremos. Queremos ser parte da solução e não do problema. Queremos que saibam que a cultura em geral e as associações culturais em particular, não querem desistir, e tudo farão para continuar ativas. Por isso nos dirigimos a Vós.
Nós queremos reinventar-nos, queremos renascer, queremos progredir, queremos agir! Queremos fazer mais e melhor e queremos estar cá para quando estiver tudo bem... e vai ficar tudo bem! É por isso que nos dirigimos a Vós.
Queremos recuperar o tempo perdido, olhando em frente, tornando o agora imprevisível num amanhã deslumbrante. Assim, queremos que olhem para nós, associações culturais que vivem da receita dos espetáculos, que vivem das parcerias e dos protocolos, dos apoios locais e nacionais, mas sobretudo que vivem dos olhares atentos do nosso público. Tudo isto recuperaremos, com muito esforço, dedicação e determinação da nossa parte.
Vivemos numa sociedade onde a cultura e as associações culturais dependem de todos. Ninguém está na cultura sozinho e sozinho ninguém faz cultura, e é por isso que precisamos de uma verdadeira rede, de uma teia entrelaçada, onde todos seguram todos, e por isso somos mais fortes. Desta forma, uma solução que o Escola Velha propõe, como uma das muitas possíveis, é a construção de uma rede unificadora e construtiva, orientada para o bem e para o crescimento de todos os que a integrem. Com as autoridades competentes (câmaras municipais, juntas de freguesias, CIMBSE, etc.) criar uma verdadeira teia, que leve o que cada um de nós - associação cultural - tem e faz de melhor a qualquer lugar. Cada um por si pode ter dificuldade em chegar onde ambiciona, mas todos juntos seremos o reflexo do bom trabalho em equipa, que pode levar a lugares inimagináveis, para alguns, e inalcançáveis para outros. A ser possível, todos ganharíamos e garantimos que ninguém sairia a perder.
O Escola Velha esteve, está e estará para o que for preciso. Está e estará para lutar pela CULTURA.
Direção do Escola Velha Teatro de Gouveia
“A Cultura Chora”
Em 2020, cedo se percebeu que seria este um ano atípico, diferente do que qualquer outro que há memória.
2021 era esperado ansiosamente, com tanta esperança, com tanta expetativa...
E eis que 2021 chegou cheio de vida e de vontade, infelizmente bastaram 15 dias para percebermos que pouco mudou. E não dizemos “nada”, porque felizmente a medicina e a experiência trouxeram-nos coisas muito positivas. Hoje sabemos mais do que há um ano, sabemos como nos proteger, como proteger os outros e temos uma maior esperança de que a medicina chegue mais longe e seja para todos.
Ainda assim, a identidade do nosso povo está cada vez mais pobre... o sentimento é de tristeza, desânimo, angústia, medo, inquietação, pena, aflição, melancolia... de saudade. Saudade daquilo que já passou e que deixou marca, saudade do que está para vir, que se espera triunfal... mas como será?
Como será o seu futuro, o nosso futuro? Temos ideias - adaptadas à nova realidade, claro está -, temos vontade, temos pessoas, temos mais ideias, temos mais vontade e para quê? Para nada, a cultura voltou a fechar, como se isso fosse possível. Mas fechou. Fechou para artistas e para técnicos, para amadores e para profissionais. Simplesmente fechou. Não podemos estar, não podemos ir, não podemos fazer, não podemos assistir.... tudo para a cultura é um grande NÃO.
- Será que podemos reunir para...? NÃO
- Será que podemos ensaiar a...? NÃO
- Será que podemos realizar o...? NÃO
- Mesmo com todas as condições de segurança? NÃO
E reforçamos e insistimos: -Nem com todas as condições de segurança? NÃO
E é isto que a cultura tem recebido no último ano: um estrondoso e estridente NÃO.
E a cultura ficou mais pobre, não só de dinheiro, mas de calor humano, de vivências partilhadas, de experiências comuns, de tudo. Qualquer associação cultural, amadora ou profissional, necessita das suas gentes, das suas inter-relações, das suas concretizações.
Num ano em que todos os setores da sociedade se viram afetados de alguma forma, foi a cultura aquele que tornaram como o parente pobre, aquele que se não vier ou não estiver também não faz falta. Mas nós perguntamos: Não faz falta a quem? Será que ainda não perceberam que a cultura faz falta a toda a gente? Seja pelas artes do teatro, do desporto, da música, da dança... a cultura é unificadora, é congregadora, é inclusiva, é a que define e constrói a nossa personalidade, é a que carateriza e afirma a nossa identidade. É por ela e através dela que exprimimos a nossa liberdade.
Num ano em que quase tudo ficou por fazer, vem aí mais um que não se antevê muito diferente. Sem espetáculos, sem público e, não menos importante, sem dinheiro. Sabemos perfeitamente que a nova realidade nos obrigou a encarar este trabalho de uma forma diferente, mas também sabemos que não queremos, melhor, que não podemos desistir. E não desistiremos. Queremos ser parte da solução e não do problema. Queremos que saibam que a cultura em geral e as associações culturais em particular, não querem desistir, e tudo farão para continuar ativas. Por isso nos dirigimos a Vós.
Nós queremos reinventar-nos, queremos renascer, queremos progredir, queremos agir! Queremos fazer mais e melhor e queremos estar cá para quando estiver tudo bem... e vai ficar tudo bem! É por isso que nos dirigimos a Vós.
Queremos recuperar o tempo perdido, olhando em frente, tornando o agora imprevisível num amanhã deslumbrante. Assim, queremos que olhem para nós, associações culturais que vivem da receita dos espetáculos, que vivem das parcerias e dos protocolos, dos apoios locais e nacionais, mas sobretudo que vivem dos olhares atentos do nosso público. Tudo isto recuperaremos, com muito esforço, dedicação e determinação da nossa parte.
Vivemos numa sociedade onde a cultura e as associações culturais dependem de todos. Ninguém está na cultura sozinho e sozinho ninguém faz cultura, e é por isso que precisamos de uma verdadeira rede, de uma teia entrelaçada, onde todos seguram todos, e por isso somos mais fortes. Desta forma, uma solução que o Escola Velha propõe, como uma das muitas possíveis, é a construção de uma rede unificadora e construtiva, orientada para o bem e para o crescimento de todos os que a integrem. Com as autoridades competentes (câmaras municipais, juntas de freguesias, CIMBSE, etc.) criar uma verdadeira teia, que leve o que cada um de nós - associação cultural - tem e faz de melhor a qualquer lugar. Cada um por si pode ter dificuldade em chegar onde ambiciona, mas todos juntos seremos o reflexo do bom trabalho em equipa, que pode levar a lugares inimagináveis, para alguns, e inalcançáveis para outros. A ser possível, todos ganharíamos e garantimos que ninguém sairia a perder.
O Escola Velha esteve, está e estará para o que for preciso. Está e estará para lutar pela CULTURA.
Direção do Escola Velha Teatro de Gouveia
Falemos de Teatro- I
A história do teatro confunde-se com a própria história da humanidade. A arte de representar encontra a sua origem nas situações vividas pelo próprio ser humano que, por religiosidade, louvor, prestígio, entretenimento, registo ou simplesmente pela pura expressão artística, apresenta os seus sentimentos de um modo muito parecido ao mundo real.
O humano primitivo caçava e era selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Nessas necessidades surgem o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo eram danças dramáticas coletivas que tratavam do seu dia a dia, uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças miméticas.
O termo teatro deriva do grego theatron, vocábulo este que se utiliza para designar «o local onde se vê», referindo-se ao ângulo de visão e à perspectiva de onde podemos observar uma acção ou acontecimento.
No theatron eram realizadas cerimônias religiosas em honra a Dionísio. Na celebração da colheita de uvas (vindima) havia música, dança e apresentações do ditirambo, composição poética em honra de Dionisio .
A cultura na Grécia antiga era restrita à louvação dos deuses, em festas e cultos religiosos, de forma que, as pessoas se reuniam para aclamar aos deuses, agradecê-los ou fazer oferendas. As festas em dedicadas a Dioniso, o Deus da Alegria e do Vinho, realizavam-se sob rígida fiscalização do legislador, que não permitia sacrilégios e manifestações cuja retórica fosse avessa à concepção religiosa da sociedade. Porém, para entreter a massa, Sórlon, o tirano legislador da época (Séc. VI a.C.) permitiu em certa ocasião
que um homem, que possuía um talento especial para imitar os outros, fizesse uma apresentação para o público.
O primeiro diretor de coro foi Tespis que desenvolveu o uso de máscaras para representar, pois tendo em conta o grande número de participantes era impossível todos escutarem os relatos. Porém podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras.
O "Coro" era composto pelos narradores da história, que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia .
Em uma dessas “procissões”, Téspis inovou ao subir a um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro e , fazendo-se passar por Dionisio, fingindo que o espírito de Dioniso tinha entrado no seu corpo e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Em razão disso, surgiram os diálogos e Téspis tornou-se o primeiro ator grego.
A forma como o homem se postou diante de todos, como um deus, causou revolta e medo em alguns, mas outros viram essa postura como um louvor ao Deus do Vinho.
Sórlon impediu a apresentação, mas o público queria mais, pois era fascinante e surpreendente a forma como aquele homem demonstrava o seu talento.
Durante um bom tempo foi proibido esse tipo de apresentação, julgada como um grande sacrilégio e essa proibição perdurou até o começo da era mais brilhante da Grécia: a era democrática. Sem restrições (salvo mulheres e escravos), as pessoas tomaram gosto por essa arte tão criativa de imitar.
Os governantes começaram a incentivar aqueles que se interessavam em entreter o público nas festas que homenageavam os deuses, realizando competições e distribuindo prêmios diversos para aqueles que imitassem melhor pessoas e deuses.
No começo, a arte dramática restringiu-se apenas às festas dionisíacas, passando a ocupar um espaço maior na cultura grega com o passar dos anos, tornando-se mais acessível e mais aceite pelos gregos, que começaram a elaborar no Séc. V a.C. melhores formas de entretenimento pelo viés da arte cênica. Assim, constituíram fábulas e histórias diversas a serem encenadas para o público. Essa forma inovadora de se passar mensagens através de histórias dramáticas ficou conhecida como Tragédia Grega, onde os atores utilizavam máscaras e túnicas para interpretar os personagens.
A arte cênica tornou-se uma forma de ritual, onde quem encenava no espaço cênico grego pretendia passar uma informação de grande necessidade para a sociedade, com um trabalho corporal, com voz e interpretação
Aristóteles constituiu a primeira estética da arte dramática, cujo nome era bem apropriado: “Poética”. As Tragédias causavam furor em espetáculos longos, com poesias e grandes textos que pretendiam mostrar um enredo.
Para maior receptividade do público ,os gregos criaram dois elementos até hoje reconhecidos: o protagonista (o herói) e o antagonista (o vilão), de forma que as tragédias falavam a respeito da realidade e da mitologia, versando contextos de conhecimento de todos. Os temas eram atribuídos a grandes heróis, aos deuses, sob argumento fundamental de expor uma ética, uma lição de vida e a moralidade. Foi também do século VI a.C. ao V d.C., em Atenas, que o tirano Pisístrato organizou o primeiro concurso dramático (534 a.C.).
Apresentaram-se comédias, tragédias e sátiras, de tema mitológico, em que a poesia se mesclava ao canto e à dança. O texto teatral retratava, de diversas maneiras, as relações entre os homens e os deuses.
No primeiro volume da Arte Poética, Aristóteles formulou as regras básicas para a arte teatral: a peça deveria respeitar as unidades de tempo (a trama deveria desenvolver-se em 24h), de lugar (um só cenário) e de ação (uma só história).
Referências:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teatro na Antiguidade, Portal São Francisco.
Lexicoteca- Moderna Enciclopedia universal, circulo de leitores 1988
A história do teatro confunde-se com a própria história da humanidade. A arte de representar encontra a sua origem nas situações vividas pelo próprio ser humano que, por religiosidade, louvor, prestígio, entretenimento, registo ou simplesmente pela pura expressão artística, apresenta os seus sentimentos de um modo muito parecido ao mundo real.
O humano primitivo caçava e era selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Nessas necessidades surgem o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo eram danças dramáticas coletivas que tratavam do seu dia a dia, uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de acalmar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças miméticas.
O termo teatro deriva do grego theatron, vocábulo este que se utiliza para designar «o local onde se vê», referindo-se ao ângulo de visão e à perspectiva de onde podemos observar uma acção ou acontecimento.
No theatron eram realizadas cerimônias religiosas em honra a Dionísio. Na celebração da colheita de uvas (vindima) havia música, dança e apresentações do ditirambo, composição poética em honra de Dionisio .
A cultura na Grécia antiga era restrita à louvação dos deuses, em festas e cultos religiosos, de forma que, as pessoas se reuniam para aclamar aos deuses, agradecê-los ou fazer oferendas. As festas em dedicadas a Dioniso, o Deus da Alegria e do Vinho, realizavam-se sob rígida fiscalização do legislador, que não permitia sacrilégios e manifestações cuja retórica fosse avessa à concepção religiosa da sociedade. Porém, para entreter a massa, Sórlon, o tirano legislador da época (Séc. VI a.C.) permitiu em certa ocasião
que um homem, que possuía um talento especial para imitar os outros, fizesse uma apresentação para o público.
O primeiro diretor de coro foi Tespis que desenvolveu o uso de máscaras para representar, pois tendo em conta o grande número de participantes era impossível todos escutarem os relatos. Porém podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras.
O "Coro" era composto pelos narradores da história, que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia .
Em uma dessas “procissões”, Téspis inovou ao subir a um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro e , fazendo-se passar por Dionisio, fingindo que o espírito de Dioniso tinha entrado no seu corpo e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Em razão disso, surgiram os diálogos e Téspis tornou-se o primeiro ator grego.
A forma como o homem se postou diante de todos, como um deus, causou revolta e medo em alguns, mas outros viram essa postura como um louvor ao Deus do Vinho.
Sórlon impediu a apresentação, mas o público queria mais, pois era fascinante e surpreendente a forma como aquele homem demonstrava o seu talento.
Durante um bom tempo foi proibido esse tipo de apresentação, julgada como um grande sacrilégio e essa proibição perdurou até o começo da era mais brilhante da Grécia: a era democrática. Sem restrições (salvo mulheres e escravos), as pessoas tomaram gosto por essa arte tão criativa de imitar.
Os governantes começaram a incentivar aqueles que se interessavam em entreter o público nas festas que homenageavam os deuses, realizando competições e distribuindo prêmios diversos para aqueles que imitassem melhor pessoas e deuses.
No começo, a arte dramática restringiu-se apenas às festas dionisíacas, passando a ocupar um espaço maior na cultura grega com o passar dos anos, tornando-se mais acessível e mais aceite pelos gregos, que começaram a elaborar no Séc. V a.C. melhores formas de entretenimento pelo viés da arte cênica. Assim, constituíram fábulas e histórias diversas a serem encenadas para o público. Essa forma inovadora de se passar mensagens através de histórias dramáticas ficou conhecida como Tragédia Grega, onde os atores utilizavam máscaras e túnicas para interpretar os personagens.
A arte cênica tornou-se uma forma de ritual, onde quem encenava no espaço cênico grego pretendia passar uma informação de grande necessidade para a sociedade, com um trabalho corporal, com voz e interpretação
Aristóteles constituiu a primeira estética da arte dramática, cujo nome era bem apropriado: “Poética”. As Tragédias causavam furor em espetáculos longos, com poesias e grandes textos que pretendiam mostrar um enredo.
Para maior receptividade do público ,os gregos criaram dois elementos até hoje reconhecidos: o protagonista (o herói) e o antagonista (o vilão), de forma que as tragédias falavam a respeito da realidade e da mitologia, versando contextos de conhecimento de todos. Os temas eram atribuídos a grandes heróis, aos deuses, sob argumento fundamental de expor uma ética, uma lição de vida e a moralidade. Foi também do século VI a.C. ao V d.C., em Atenas, que o tirano Pisístrato organizou o primeiro concurso dramático (534 a.C.).
Apresentaram-se comédias, tragédias e sátiras, de tema mitológico, em que a poesia se mesclava ao canto e à dança. O texto teatral retratava, de diversas maneiras, as relações entre os homens e os deuses.
No primeiro volume da Arte Poética, Aristóteles formulou as regras básicas para a arte teatral: a peça deveria respeitar as unidades de tempo (a trama deveria desenvolver-se em 24h), de lugar (um só cenário) e de ação (uma só história).
Referências:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teatro na Antiguidade, Portal São Francisco.
Lexicoteca- Moderna Enciclopedia universal, circulo de leitores 1988
Para 2019, o Escola Velha preparou um plano de atividades criativo; um plano para ir ao encontro dos interesses do público que nos acompanha ao longo dos últimos anos, mas também um plano com atividades que se querem motivadoras angariarando assim novos públicos e novos colaboradores.
Uma dessas atividades é um novo espaço aqui na nossa página da Internet ao qual demos o nome de “COM CULTURA”. A internet é o meio de comunicação mais social e global nos dias de hoje, ninguém vive sem internet e poucos são aqueles que tentam viver; por isso um grupo de teatro - seja ele profissional ou amador - não pode ficar à margem desta realidade, de modo a chegar mais perto dos seus seguidores.
Assim, neste primeiro contributo não podia deixar de falar da importância do Teatro. Apesar de não receber o seu devido valor, o teatro – principalmente o amador - é fundamental na formação cultural e pessoal de qualquer pessoa. O teatro obriga-nos a pensar e a ter pensamento próprio. Não há como negar, o português é um ser acomodado em relação a todo o processo cultural. Algumas justificações podem até ser compreendidas, mas não podem explicar nenhuma estagnação quanto ao nosso desenvolvimento como pessoas e como cidadãos.
Todos sabemos que é dificil competir - principalmente no conforto de um sofá - com a televisão, e com os inúmeros programas de “entertenimento” que nos entram pela casa dentro. Saliente-se que, principalmente no nosso país, o teatro tem falta de patrocínios e de incentivos.
O teatro ajuda-nos a conhecer mais sobre a nossa própria cultura, à qual se dá cada vez menos o devido valor, apesar de esta ser uma das vertentes da nossa identidade.
O Teatro antes de ser clássico ou moderno, poético ou dramático… o Teatro é uma forma de vida… O Teatro é, de todas as artes, a mais próxima da Vida porque é o Jogo dos Homens.
Concluindo, se tiver a oportunidade de ir apreciar peças teatrais, não pense duas vezes, vá e conseguirá perceber o quanto esta cultura pouco considerada vale muito a pena. Apesar de não receber sempre o seu devido valor, indiscutivelmente o teatro é fundamental na formação pessoal de todos e de qualquer um de nós.
Uma dessas atividades é um novo espaço aqui na nossa página da Internet ao qual demos o nome de “COM CULTURA”. A internet é o meio de comunicação mais social e global nos dias de hoje, ninguém vive sem internet e poucos são aqueles que tentam viver; por isso um grupo de teatro - seja ele profissional ou amador - não pode ficar à margem desta realidade, de modo a chegar mais perto dos seus seguidores.
Assim, neste primeiro contributo não podia deixar de falar da importância do Teatro. Apesar de não receber o seu devido valor, o teatro – principalmente o amador - é fundamental na formação cultural e pessoal de qualquer pessoa. O teatro obriga-nos a pensar e a ter pensamento próprio. Não há como negar, o português é um ser acomodado em relação a todo o processo cultural. Algumas justificações podem até ser compreendidas, mas não podem explicar nenhuma estagnação quanto ao nosso desenvolvimento como pessoas e como cidadãos.
Todos sabemos que é dificil competir - principalmente no conforto de um sofá - com a televisão, e com os inúmeros programas de “entertenimento” que nos entram pela casa dentro. Saliente-se que, principalmente no nosso país, o teatro tem falta de patrocínios e de incentivos.
O teatro ajuda-nos a conhecer mais sobre a nossa própria cultura, à qual se dá cada vez menos o devido valor, apesar de esta ser uma das vertentes da nossa identidade.
O Teatro antes de ser clássico ou moderno, poético ou dramático… o Teatro é uma forma de vida… O Teatro é, de todas as artes, a mais próxima da Vida porque é o Jogo dos Homens.
Concluindo, se tiver a oportunidade de ir apreciar peças teatrais, não pense duas vezes, vá e conseguirá perceber o quanto esta cultura pouco considerada vale muito a pena. Apesar de não receber sempre o seu devido valor, indiscutivelmente o teatro é fundamental na formação pessoal de todos e de qualquer um de nós.